Trabalhadores de Barra do Corda Dizem Não à Reforma da Previdência

Trabalhadores de Barra do Corda Dizem Não à Reforma da Previdência 

 

Todos os estados do país e o Distrito Federal realizaram manifestações no Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência, nesta sexta-feira (22), em resposta à proposta de "reforma" apresentada pelo governo de Jair Bolsonaro. Em Barra do Corda não poderia ser diferente, os Trabalhadores das mais diversas áreas se reuniram durante todo o dia para protestar e dizer não à reforma inescrupulosa que está em curso. A mobilização começou por volta das 9h na praça Melo Uchoa e contou com a presença de mais de 300 pessoas.  O ato organizado pelo SINPROESEMMA Barra do Corda contou com a presença e apoio dos sindicatos dos Agentes Comunitários de Saúde, Sindicato dos trabalhadores Rurais, Sindicato dos Servidores Municipais e do Sindicato dos Comerciários. Compareceram também ao evento os vereadores Eteldo, João Pedro e Graça do Ivan. Para Manoel Capucho, presidente do Sindicato dos trabalhadores Rurais de Barra do Corda, a reforma da Previdência não é para diminuir gastos ou beneficiar a população, ela é para prejudicar principalmente os trabalhadores rurais, que são as pessoas responsáveis por produzir e colocar o pão nas nossas mesas. “A reforma da previdência é cruel, principalmente para as mulheres pois aumenta o tempo de contribuição e a idade mínima, rompe também com a lógica de que o trabalho doméstico ocupa muito as mulheres, consumindo grande parte de nossas vidas.” Enfatizou a professora Eliene Arruda.  Segundo o coordenador do SINPROESEMMA Barra do Corda e vereador Jaile Lopes, “O professor (ainda) possui uma aposentadoria diferenciada, garantida constitucionalmente, porque o educador merece ter uma retribuição à altura do desgaste que sofre e, principalmente, pelo fato de formar todas as outras profissões”.  Além de falar da especificidade da carreira docente, o sindicalista fez um resumo sobre o atual cenário de dificuldades e ataques que se iniciaram no governo Temer e se agravaram com a chegada do governo Bolsonaro. “Muitos trabalhadores que votaram em Bolsonaro não podem reclamar, ele havia avisado durante a campanha o que pretendia fazer, só nos resta resistir”, desabafou.

Outra questão discutida foi o suposto déficit previdenciário. A CPI da previdência comprovou que ele não existe!  Segundo o relator da CPI, antes de falar em déficit é preciso corrigir "as distorções" que existem no sistema. Devido à manipulação da mídia, muitas pessoas estão se convencendo de que existe um déficit e que a reforma é necessária e urgente.

Nesse cenário de ataques, os sindicatos são um dos alvos prediletos. O desmonte começou pela extinção da contribuição sindical compulsória, ainda no governo Temer, e a mais nova ofensiva foi a edição da Medida Provisória 873, durante o carnaval, que veio para sufocar financeiramente os sindicatos. A MP altera os critérios de cobrança e recebimento de contribuições dos trabalhadores aos sindicatos. Logo após a adição da MP a FAMEM (Federação dos Municípios do Estado do Maranhão) emitiu recomendação para que os municípios maranhenses sigam a medida, numa clara tentativa de dificultar a livre organização sindical no País.  

Parabéns aos trabalhadores que compareceram à mobilização!

Resistir é preciso!